Professor não vê possibilidade de ataque, mas destaca a
permanência da Rússia como país líder e cita olimpíada de inverno como
parte de estratégia política
(Jornal GloboNews, 01/03/2014)
O governo ucraniano pediu ajuda aos Estados Unidos e aos integrantes do
Conselho de Segurança para proteger seu território e a equipe de
segurança nacional de Barack Obama
discutiu as possíveis opções políticas para evitar um confronto. O
professor e coordenador dos programas de relações internacionais do
IBMEC, José Niemeyer, não acredita num ataque (uma ação direta de OTAN,
aliados e norte–americanos), mas destaca que é preciso entender o
posicionamento da Rússia no cenário internacional.
“Desde o fim da Guerra Fria, passando pelo momento de guerra ao terror,
após o 11 de setembro e a crise econômica de 2008, que envolveu muito a
União Europeia e Estados Unidos,
o papel dos EUA ainda é preponderante como superpotência. Há cinco
anos, a Rússia já começava a usar suas ‘espadas curtas’ em sua ação
contra a Geórgia. A Rússia mostrou toda a sua potência militar e os EUA
apoiaram a Geórgia via Otan”, explica José Niemeyer.
O professor acredita que é fundamental na região das ex-repúblicas
soviéticas que a Rússia permaneça um país líder, e mantenha o orgulho
russo para a comunidade internacional. Ele cita ainda a divisão de
ucranianos entre a cultura ocidental e a russa.
Sobre os altos gastos na recente olimpíada de inverno, José Niemeyer
explica que o evento faz parte de uma estratégia de política externa
russa - de atuar tanto no campo do soft power, fazendo uma bela
olimpíada, que abre a sociedade russa para outros povos, e ao mesmo
tempo endurecendo na sua política externa no que tange os assuntos de
segurança regional.
José Niemeyer acrescenta que a Síria também é um país onde a influência russa é clara.
quarta-feira, 5 de março de 2014
UCRâNIA entenda
Maioria da população da Crimeia é de origem russa; entenda conflito
(Jornal GloboNews, 03/03/2014)
O cientista político e professor de relações internacionais de Escola Superior de Propaganda e Marketing Heni Ozi Cukier explica que a Crimeia se tornou foco de tensão entre Rússia e Ucrânia porque a região nunca pertenceu propriamente à Ucrânia, mas durante a Guerra Fria, ela foi anexada, porque a União Soviética controlava tanto a Ucrânia quanto a Crimeia. E hoje, a maioria da população da Crimeia é de origem russa.
“É um ponto estratégico para os russos, porque você tem uma base naval
importante, onde está a frota do mar de saída para o Mar Negro. Para os
russos controlarem a Crimeia, é muito fácil. A pergunta-chave é: onde os
russos vão parar? Será que eles vão se satisfazer em anexar a Crimeia
ou ajudar sua independência, ou vão partir para outras partes da
Ucrânia, principalmente o leste, que está muito mais aliado à Rússia?”,
questiona o cientista político.
Heni Ozi acrescenta que os russos nunca aceitaram que a Crimeia não fizessem parte de seu território, porque a Crimeia fazia parte da Rússia há muito tempo.
(Jornal GloboNews, 03/03/2014)
O cientista político e professor de relações internacionais de Escola Superior de Propaganda e Marketing Heni Ozi Cukier explica que a Crimeia se tornou foco de tensão entre Rússia e Ucrânia porque a região nunca pertenceu propriamente à Ucrânia, mas durante a Guerra Fria, ela foi anexada, porque a União Soviética controlava tanto a Ucrânia quanto a Crimeia. E hoje, a maioria da população da Crimeia é de origem russa.
Heni Ozi acrescenta que os russos nunca aceitaram que a Crimeia não fizessem parte de seu território, porque a Crimeia fazia parte da Rússia há muito tempo.
Ucrãnia
(Sem Fronteiras, 28/02/2014)
De um lado, uma crise econômica e um país que precisa de empréstimos de US$ 35 bilhões para evitar uma falência estatal; do outro, uma crise política causada por um problema de identidade: se aproximar da União Europeia ou ser parte do plano de Vladimir Putin de construir uma União Eurasiana?
A Ucrânia está dividida: a metade ocidental é pró-europeia, enquanto a metade oriental é mais ligada à Rússia. “Há pelo menos duas culturas que tentam coexistir dentro de uma nação”, destaca o cientista político da Universidade de Rhode Island Nicolai Petro.
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