segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ENTENDA O LEILÃO DO CAMPO DE LIBRA NO RIO DE JANEIRO

pré-sal

Entenda o leilão de Libra, o maior campo de petróleo do Brasil

Nesta segunda-feira (21), o país coloca a leilão a sua maior descoberta do pré-sal até agora, o Campo de Libra, na Bacia de Santos

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Entenda o leilão de Libra
O leilão de Libra é o primeiro a conceder áreas de exploração de petróleo e gás natural do pré-sal
PUBLICADO EM 20/10/13 - 16h43

O leilão do Campo de Libra, na Bacia de Campos, que ocorre nesta segunda-feira (21), será a primeira rodada de disputas realizada para conceder, sob o regime de partilha de produção, áreas para exploração de petróleo e gás natural na região brasileira do pré-sal. Cinco anos após a descoberta, o governo coloca em marcha a exploração do petróleo de acordo com o novo regime de partilha. O primeiro leilão será no Rio de Janeiro e nele será ofertado o gigantesco campo de Libra, cujo potencial de óleo recuperável pode se aproximar dos 12 bilhões de barris.
A rodada deverá arrecadar quase o dobro do que já foi pago em todas os leilões realizados no país até hoje. O bônus de assinatura de Libra custará R$ 15 bilhões, contra R$ 8,9 bilhões acumulados desde a primeira rodada, em 1999. Com mais de 1,5 mil quilômetros quadrados, a área de Libra é a maior descoberta de petróleo do Brasil. Estima-se que poderá ter pico de produção de 1,4 milhão de barris por dia. Para efeito de comparação, hoje a produção nacional soma hoje cerca 2 milhões.
O campo deverá demandar de 12 a 18 plataformas e de 60 a 90 barcos de apoio. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a exploração vai movimentar investimentos totais de aproximadamente US$ 180 bilhões. Por lei, a Petrobrás terá participação mínima de 30% no consórcio que irá explorar a área. Mas a petrolífera se movimenta para elevar sua participação no consórcio vencedor em uma troca de óleo por capital, preferencialmente com estatais chinesas. O governo trabalha para garantir à Petrobrás condições de concorrer e elevar sua fatia no consórcio.
CRÍTICAS E PROTESTO
Às vésperas do leilão, os ânimos começaram a esquentar. Uma greve convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), contrária à licitação, paralisou na quinta-feira, dia 17, refinarias, plataformas e centro de distribuições da Petrobrás em 16 Estados. Na avaliação do diretor da FUP, Francisco José de Oliveira, os recursos prometidas pelo governo com o leilão são uma ‘gorjeta’. "O governo afirma que vai investir em educação e saúde, e que vai arrecadar R$ 15 bilhões com o leilão. Mas isso é uma gorjeta perto da riqueza que existe no campo. A sociedade não participou do debate sobre o tema", disse.
Os movimentos sociais planejam uma enxurrada de liminares para tentar barrar judicialmente o leilão de Libra. A Associação de Engenheiros da Petrobrás (Aepet) reuniu um grupo de advogados em Brasília para abrir uma ação contra o leilão. Para a associação, o governo age na contramão de outros países, que exigem cerca de 72% do óleo produzido como retorno. O edital de Libra prevê, segundo a associação, um pagamento de 41,65% à União. Até o momento, de acordo com a ANP, quatro ações foram abertas em todo o país contra o leilão – nenhuma foi deferida. A agência reguladora fará um plantão com advogados em várias cidades para responder às liminares.
DISPUTA 
Além da própria Petrobras, que pode aumentar a sua participação na operação, são 11 empresas na disputa pelos outros 70%  na exploração. São elas: as chinesas CNOOC e CNPC, a japonesa Mitsui, a portuguesa Petrogal, a hispano-chinesa Repsol/Sinopec, a francesa Total, a colombiana Ecopetrol, a indiana ONGC Videsh, a anglo-holandesa Shell e a malaia Petronas. Será vencedora a empresa que reverter o maior percentual do petróleo excedente à União.
O percentual mínimo previsto em lei é 41,56%.  A partilha entre união e consórcio será mensal e a  empresa que vencer o primeiro leilão terá que pagar à União um bônus de R$ 15 bilhões. Pelas regras, o governo terá uma participação total de, no mínimo, 75% na receita do projeto, levando-se em consideração todos os tipos de retornos previstos.
CONTRATO
O contrato de partilha será válido por 35 anos, quatro desses voltados à exploração dos recursos e os demais ao desenvolvimento e produção. As empresas vencedoras serão livres para explorar o petróleo pertencente a sua cota, bem como para garantir ao óleo o destino que desejarem. No entanto, em casos específicos de emergência, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) poderá limitar o volume das exportações. Os royalties pagos equivalerão a 15% do volume total da produção de petróleo e gás, o que deve render à União, aos estados e municípios R$ 900 bilhões em 30 anos – considerando-se royalties e partilha da produção. 
 
São, em média, R$ 30 bilhões por ano, o mesmo valor gerado por todos os campos em produção, hoje, no Brasil. De acordo com a lei aprovada em setembro de 2013, 75% dos royalties do petróleo serão destinados para a educação e 25% para a saúde. A legislação ainda prevê que 50% do Fundo Social do Pré-Sal também devem ir para as áreas da educação e saúde.
REGIME DE PARTILHA
As reservas da camada pré-sal começaram a ser descobertas em julho de 2008, com a conclusão das análises da área de Tupi. Uma comissão criou, então, um novo marco regulatório de exploração e produção, surgindo o regime de partilha. Nesse modelo, o dono do petróleo é o Tesouro Nacional que reparte a produção nas proporções previamente contratadas.
No regime de concessão, que prevaleceu até agora e continua sendo adotado nas áreas de petróleo existentes acima da camada de sal (pós-sal), os riscos da produção e a propriedade dos hidrocarbonetos são do consórcio que obteve a concessão. Em troca, o consórcio deve ao Tesouro participações especiais sobre o valor da produção e o pagamento de royalties aos Estados e municípios onde realiza a atividade.
LOCALIZAÇÃO

O poço de Libra situa-se a 183 km da costa do Rio de Janeiro, mais próximo que Tupi – campo do pré-sal já em exploração –, que está a 300 km do litoral. A menor distância pode facilitar a exploração, mas a perfuração é muito profunda e há fronteiras tecnológicas a serem superadas. Até o momento, a profundidade atingida no poço em Libra é de 5.410 metros, com 22 metros perfurados no pré-sal. A perfuração ainda deve alcançar 6.500 metros de profundidade.
 

Governo realiza o leilão de Libra, a maior reserva de petróleo do Brasil

Exploração do campo deve dobrar reservas nacionais de petróleo, diz ANP.
Leilão no Rio deve ter protestos; exército fará segurança.


Na expectativa sobre o número de consórcios participando da disputa e de protestos contra a “entrega do pré-sal” a empresas estrangeiras, o governo realiza nesta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro, o leilão do campo de Libra, o primeiro prevendo a exploração de petróleo e gás natural na camada pré-sal sob o regime de partilha (em que a União fica com parte do óleo extraído pelas empresas vencedoras).
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a exploração do campo de Libra deve dobrar as reservas nacionais de petróleo – a estimativa é que o volume de óleo recuperável seja de 8 bilhões a 12 bilhões de barris – as reservas nacionais são hoje de 15,3 bilhões de barris. As reservas de gás somam atualmente 459,3 bilhões de metros cúbicos e também devem duplicar com Libra.
O leilão, previsto para começar às 14h no hotel Windsor, na Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio), deve ser marcado por protestos de trabalhadores, sindicalistas, ambientalistas e representantes de movimentos sociais, contrários à exploração da iniciativa privada.
Otimismo
Nas últimas semanas, o governo se esforçou para mostrar otimismo em relação ao sucesso do leilão que, nas palavras do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, vai entregar ao consórcio vencedor “a maior área para exploração de petróleo no mundo” – a expectativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é que sejam recuperados em Libra entre 8 e 12 bilhões de barris de óleo.
Esse esforço se deu depois que apenas 11 empresas, entre elas a Petrobras, confirmaram interesse pelo negócio e ficaram de fora da disputa gigantes do setor como as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas BP e BG. A previsão inicial da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, era de que até 40 empresas participassem do leilão.
Leilão do Campo de Libra
O Leilão do Campo de Libra é o primeiro do pré-sal sob as novas regras do modelo de partilha, em que parte do óleo extraído pelas empresas fica com a União. O tempo de concessão é de 35 anos. O vencedor é aquele que oferecer o maior percentual, sendo o mínimo de 41,65%. Acompanhe em tempo real a cobertura.
 Oficialmente, o governo diz que a ausências das petroleiras norte-americanas e britânicas está relacionada à conjuntura econômica atual, influenciada pela crise financeira. E diz não ver relação entre a decisão dessas empresas e as denúncias, divulgadas em setembro, de que o governo dos Estados Unidos espionou a Petrobras – a Inglaterra é parceira dos EUA na área de segurança.
No dia 10 de outubro, Lobão disse a jornalistas que a estimativa do governo era de que as 11 empresas pudessem formar entre 2 e 4 consórcios para brigar por Libra – há, porém, o temor de que apenas um apresente proposta pelo campo.
As 11 empresas habilitadas para participar da rodada são: CNOOC International Limited (China), China National Petroleum Corporation (China), Ecopetrol (Colômbia), Mitsui & CO (Japão), ONGC Videsh (Índia), Petrogal (Portugal), Petronas (Malásia), Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa), Shell (Anglo-Holandesa), Total (França) e a Petrobras (Brasil).
De acordo com a ANP, dessas 11, nove apresentaram garantias de oferta, mas mesmo as que não apresentaram podem participar em consórcio com outras que tenham apresentado.
Protestos
Um dos grupos que prometem protestar na frente do hotel é o dos petroleiros. De acordo com secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros, Emanuel Cancella, estão sendo esperadas caravanas de várias partes do Brasil.
O sindicato, diz Cancella, é contrário ao que ele classifica de “entrega” pelo governo do óleo do pré-sal a corporações estrangeiras.
“Não tem razão fazer esse leilão e trazer empresas estrangeiras para o pré-sal. A Petrobras tem a melhor tecnologia para esse tipo de operação. Além disso, com a quantidade de petróleo que tem reserva, a Petrobras teria condições de tomar empréstimos para financiar a exploração de Libra tranquilamente, sem necessidade de investimento por outras empresas”, diz Cancella.
Temendo ser alvo dos protestos, a presidente Dilma Rousseff, que coordenou a elaboração da lei que estabeleceu o regime de partilha, quando era ministra-chefe da Casa Civil no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não deve estar presente no leilão.
Também por conta dos protestos, na última quinta-feira (17) Dilma assinou um decreto que autoriza o envio de tropas do Exército para reforçar a segurança do leilão. Além das tropas do Exército, também participarão homens da Força Nacional de Segurança, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No dia 4 de outubro, Dilma defendeu o leilão de Libra e disse que os recursos que a União vai arrecadar com a exploração do campo representam “nosso passaporte para o futuro”. Segundo a presidente, Libra vai render, sozinho, entre R$ 300 e R$ 700 bilhões ao país nos próximos 35 anos (prazo da concessão), que serão transferidos pelas concessionárias ao governo e investidos em educação e saúde.
Mapa mostra áreas do pré-sal - Libra (Foto: Editoria de Arte/G1)
Regras do leilão de Libra
Vence o leilão de Libra o consórcio ou empresa que oferecer à União o maior fatia do petróleo a ser extraído do campo, tendo como percentual mínimo 41,65%. Por isso o regime desse tipo de concessão é chamado de partilha: empresas repartem com o governo o resultado da exploração.
Pelo modelo antigo – e que vai continuar valendo para campos fora do pré-sal –, os consórcios vencedores ficam com todo o óleo de um bloco arrematado em leilão, pagando ao governo apenas impostos, royalties e participação especial.
Nesta rodada, não haverá lance mínimo. Apenas um consórcio será vencedor e ele terá que pagar à União um bônus de assinatura do contrato de concessão no valor de R$ 15 bilhões.
O edital também prevê que a Petrobras será a operadora do campo de Libra, com participação mínima de 30% na concessão. Isso significa que, mesmo que a empresa brasileira não faça parte do consórcio vencedor, terá depois que ser aceita como sócia do projeto com 30% de participação, responsável pelo plano de desenvolvimento dos campos.
As empresas interessadas no campo de Libra poderão se unir em consórcio para apresentação de ofertas. O consórcio, no entanto, deverá possuir pelo menos 1 empresa de “Nível A” (capacitada a operar em águas profundas), caso a Petrobras não faça parte do consórcio licitante, e poderá reunir, no máximo, cinco empresas.
O prazo do contrato com o consórcio vencedor é de 35 anos sem prorrogação.
Segundo a ANP, as recentes descobertas no campo de Libra mostram um volume "in situ" (volume de óleo ou gás existente em uma região) esperado de 26 bilhões a 42 bilhões de barris. Com uma recuperação estimada em 30% do volume total, a perspectiva é que Libra seja capaz de produzir de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo.
O Brasil espera uma produção de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país.
O petróleo do pré-sal é o óleo descoberto pela Petrobras em camadas ultraprofundas, de 5 mil a 7 mil metros abaixo do nível do mar, o que torna a exploração mais cara e difícil. Não existem estimativas de quanto petróleo existe em toda a área pré-sal.
Royalties e Fundo Social
No dia 9 de setembro, Dilma sancionou a lei que define a destinação dos recursos dos royalties do petróleo e do Fundo Social do Pré-Sal – espécie de poupança criada pelo governo e que é abastecida com recursos que a União recebe pela exploração dos novos campos localizados no pré-sal.
Pela regra, 75% dos royalties do petróleo devem ser investidos em educação e, os outros 25%, em saúde. Já dos recursos do Fundo Social, 50% vão para educação e saúde.
Os royalties que serão destinados para educação e saúde se referem apenas aos novos contratos da União em que os poços tiveram a comercialidade declarada a partir de 3 de dezembro de 2012. Royalties de campos em atividade há mais tempo, como nos estados produtores do Rio de Janeiro e Espírito Santo, continuarão a ser aplicados pelos governos estaduais.
O texto da lei é o que foi aprovado pela Câmara em 14 de agosto e que contrariou o projeto original do governo que previa a aplicação de 50% dos rendimentos financeiros do Fundo Social em educação, mantendo intacto o capital principal. Os deputados derrubaram a proposta do governo e decidiram destinar 50% de todos os recursos do Fundo Social para educação e saúde.
Até julho de 2013, o Fundo Social acumulou R$ 664,2 milhões, de acordo com a ANP. Esse dinheiro, porém, não pode ser usado ainda porque o governo precisa publicar a regulamentação das regras. A criação do Fundo Social foi anunciada em dezembro de 2010.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Orientações para os 1 ° anos matutino e noturno, 2 anos matutino

LER OS TEXTOS DA ÁFRICA DO SUL E DA ÀSIA, LER FAZER UMA CONCLUSÃO, DA ECONOMIA E DOS PRINCIPAIS PONTOS DE LOCALIZAÇÃO  DE CADA UM DELES, COLOCAR O MAPA DE CADA CONTINENTE  ÁSIA E ÁFRICA, DESTACAR AS REGIÕES QUE FALA NO TEXTO. 


ENTREGAR  NA ÚLTIMA SEMANA DE OUTUBRO,


Atenção alunos do 1 ano matutino , noturno e 2 ano matutino

Segue as atividades da Àfrica do Sul e da Àsia , para entregar   na semana do dia 28 de outubro de  outubro


Asia Sudeste Asiatico Extremo Oriente

A diáspora do país mais populoso do mundo



Leia Texto abaixo e aponte quais os países da Àsia dividindo em sudeste asiático, oriente médio e extremo oriente, colocndo cada país na sua região com a sua capital para isso consulte mapa da Àsia









 
Estima-se que haja aproximadamente 30 milhões de chineses vivendo fora do território da China, sendo que cerca de 85% deles, mais ou menos 26 milhões de pessoas, estabelecidos em países da Ásia. Eles também estão presentes nas Américas (10,5%), na Europa (2,5%), na Oceania (1,2%) e na África (0,4%).

Mais de 2/3 do total de chineses que vivem fora de sua terra natal estão em apenas quatro países, a saber: Indonésia (24%), Tailândia (20%), Malásia (18%) e Cingapura (7%). Se juntarmos a esses países os chineses residentes no Vietnã, Mianmar, Filipinas, Estados Unidos e Canadá, esse nove Estado agruparia pouco mais de 9/10 do efetivo total de chineses étnicos vivendo em terras estrangeiras. Os 10% restantes, cerca de 3 milhões de indivíduos, estariam repartidos por mais de 120 países.

Os extremos são curiosos: na Finlândia, por exemplo, eles não chegam a duas dezenas, enquanto que a Indonésia abriga cerca de 7,5 milhões de indivíduos. Um aspecto que vale a pena observar é o da participação dos chineses étnicos no conjunto da população de alguns países do Sudeste Asiático

Chineses na Indonésia: uma difícil convivência

Na Indonésia, país que abriga o maior número de indivíduos da diáspora, é que as relações dos chineses étnicos com as populações autóctones são mais complicadas.

O número deles, naquele país do Sudeste Asiático corresponde a mais ou menos 4% da população total e encontra-se desigualmente distribuído pelo território indonésio. Os chineses étnicos na Indonésia são essencialmente urbanos e perfazem cerca de 10% do total de habitantes de Jacarta, a capital indonésia. Em número expressivo, eles também estão presentes na ilha de Sumatra (região de Medan) e na ilha de Bornéu, especialmente na cidade de Pontianak, o principal núcleo urbano dessa ilha. Os demais se encontram dispersos em um grande número de cidades por quase todo o arquipélago.

Podem ser distinguidas três categorias de chineses étnicos na Indonésia, classificação esta que leva em conta o seu grau de mestiçagem e de integração cultural. Cerca de 2/3 deles, conhecidos como peranakan, utilizam o indonésio como língua do dia-a-dia e estão há mais de um século presentes no país. Os “totok” (puros, em indonésio), são os elementos da diáspora que vieram para a Indonésia mais recentemente e estão menos aculturados. Por fim, existem os “chineses das ilhas” que, de maneira geral, usam o chinês como idioma principal e apresentam níveis de aculturação bem variáveis.

A imensa maioria dos chineses da diáspora professa o cristianismo, num país que possui o maior número de pessoas que seguem o islamismo em todo o mundo (cerca de 90% dos indonésios, mais ou menos 190 milhões de pessoas, são adeptos da religião fundada por Maomé).

De forma genérica, os indonésios têm o sentimento que seus compatriotas de origem chinesa são economicamente mais favorecidos e que essa riqueza da qual desfrutam é resultado da colaboração, no passado, com o regime colonial e, mais tarde, com os governos corruptos que se sucederam no poder após a independência. Acusam também os chineses étnicos de “não amarem” seu país de adoção e de continuarem sendo mais fiéis à China que à Indonésia. Para completar, afirmam que eles estariam dispostos a deixar a Indonésia por qualquer outro país que lhes oferecesse melhores oportunidades.

Muitos indonésios consideram que a grave crise econômica e política pela qual o país vem passando desde meados dos anos 1990, é explicada pela importância e influência nefasta que os chineses étnicos exercem sobre a economia. Esse sentimento xenófobo tem sido usado de forma sistemática como pretexto para verdadeiros “pogroms” contra elementos da minoria, especialmente em Medan, norte da ilha de Sumatra. Estima-se que só em 1999, mais de 100.000 chineses étnicos tenham abandonado a Indonésia por conta das perseguições de que têm sido vítimas. Ao mesmo tempo, a repetição desses fatos tem contribuído para a deterioração nas relações diplomáticas entre a China e a Indonésia.

Africa do Sul

Africa Do Sul


África do Sul: País possui grandes reservas de carvão, petróleo, ouro e diamante


  • Wikimedia Commons/Andres de Wet
    Boulevard Nelson Mandela (National Road N2), na Cidade do Cabo, a segunda maior cidade da África do Sul Boulevard Nelson Mandela (National Road N2), na Cidade do Cabo, a segunda maior cidade da África do Sul
A República da África do Sul cobre uma área de 1.221.037 Km2, possui uma população de 47,9 milhões (2008) e é formada pelos seguintes grupos étnicos: a) autóctones, 70% (zulus - 20,5%, xosas - 18%, pedis - 9%, sotos - 7%, tsuanas - 6%, tsongas - 3,5%, suazis - 2%, nedebeles - 2% e vendas - 2%); b) europeus, 12% (holandeses, alemães, franceses, ingleses); c) eurafricanos, 13%; d) indianos, 3%; e outros, 2%.
O país fica situado no extremo mais meridional do continente africano. Tem fronteiras comuns com Namíbia, Botsuana e Zimbábue, sendo ladeado, a nordeste, pela República de Moçambique e pelo Reino da Suazilândia. A sudeste, e totalmente circundado pelo território da África do Sul, situa-se Lesoto. A oeste, sul e leste, a África do Sul é banhada pela parte meridional dos Oceanos Atlântico e Índico. Isoladas e situadas no Atlântico Sul, encontram-se as ilhas Príncipe Eduardo e Marianas, que passaram a fazer parte da África do Sul em 1947.
O inglês e o africâner são as duas línguas mais faladas em todo país, mas há ainda outros idiomas, como o ndebele, xhosa, zulu, sepedi, sesotho, setsuana, siswati, tshivenda e xitsonga.
Quanto à religião, a população está assim dividida: cristianismo, 66,4% (independentes reformistas católicos, metodistas, anglicanos, luteranos); hinduísmo, 1,3%; islamismo, 1,1%; judaísmo, 0,2%; sem filiação, 1,2%; outras, 29,8%.
As principais cidades do país são: Johannesburgo, Cidade do Cabo, Durban, Pretória, Port Elizabeth, Rustenburg e Magaund. Possui três capitais: Pretória (administrativa), Bloemfontein (judiciária) e Cidade do Cabo (legislativa).

A economia mais avançada da África

Na economia, a agricultura de subsistência convive com uma moderna atividade industrial e mineral, que dá ao país o maior Produto Interno Bruto (PIB) do continente - US$ 50,1 bilhões. A África do Sul é um grande produtor mundial de ouro e um dos grandes líderes na extração de diamantes. Sua moeda oficial e corrente é o Rand, criado em 1961, ano da formação da República da África do Sul.
A economia da África do Sul é a maior e mais avançada da África. Nos anos que antecederam o fim do apartheid (1994), o país foi submetido a sanções econômicas cada vez mais severas. No entanto, sua exclusiva variedade de minérios - incluindo vastos recursos de carvão -, sua agricultura bem desenvolvida, seus setores industriais e comerciais permitiram sua sobrevivência.
A República da África do Sul possui uma economia comandada por livres empreendimentos. O Estado participa, diretamente, de uma ampla faixa de atividades industriais - tais como produção de óleo e armas - e, indiretamente, de muitas outras, através de várias agências de desenvolvimento.
Os serviços financeiros são sofisticados e há uma boa infraestrutura nos transportes e nas telecomunicações. A mineração, a manufatura, o comércio, a agricultura e as finanças sempre foram empreendimentos livres. Paralelamente à economia formal encontramos uma grande economia informal, composta por comerciantes, prestadores de serviços e agricultores de subsistência.
A riqueza mineral do país está presente em diversas formações geológicas, algumas das quais são, em termos mundiais, singulares e extensas. A África do Sul possui grandes reservas mundiais de cromo, vanádio, manganês, carvão, petróleo, ouro e diamante.
Entre as categorias de produtos de exportação mais importantes, encontram-se: carvão, diamante, ligas de manganês, minérios de ferro, cromo, titânio, cobre, manganês, ácido fosfórico, níquel, granito, óxido de urânio, minério de cromo e zircônio.
Na área de comércio, que contribui para metade do PIB, a África do Sul tem se diversificado cada vez mais. As indústrias de transformação exportam, principalmente, produtos de ferro e aço, papel e celulose, produtos químicos e alimentícios, correspondendo a 35% das exportações.
A África do Sul é um grande exportador de produtos agrícolas, especialmente milho, açúcar, frutas e vegetais, mas, como toda a África, enfrenta expressivas variações nos níveis de produção, devido à seca periódica. As importações sul-africanas consistem, sobretudo, de máquinas e equipamentos, peças para carros, óleo cru, vestuário e produtos têxteis.
A agricultura, a silvicultura e a pesca representam 6,1% do PIB. Entre os principais produtos da África do Sul, temos: milho, trigo, açúcar, batata, tabaco e frutas (incluindo a uva, que sustenta uma indústria de vinho em crescimento). Destes, o açúcar, o milho e as frutas proporcionam substanciais ganhos de exportações. A lã é o segundo maior produto agrícola de exportação.
A África do Sul possui, aproximadamente, 8,4 milhões de cabeças de gado - 2 milhões de vacas leiteiras do país são a base da indústria de laticínios, que produz manteiga, leite condensado, leite em pó, queijo e produtos de leite fresco.
O turismo também é importante em termos econômicos, principalmente por causa das reservas de animais selvagens, onde podem ser vistos elefantes, leões, leopardos, búfalos e rinocerontes.
O regime de segregação racial (apartheid), iniciado em 1910, terminou com a primeira eleição multirracial, em 1994, mas deixou a marca da desigualdade social. Ainda hoje persistem os altos índices de pobreza e criminalidade entre a população negra - a principal vítima da epidemia de AIDS que assola o país. A África do Sul está entre os países que registram os mais altos índices de homicídio do planeta.

Ronaldo Decicino é professor de geografia do ensino fundamental e médio da rede privada.