segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Alerta Total

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Dilma Rousseff não perdeu apenas massa corporal nos últimos dias ou meses. A credibilidade e a mínima capacidade moral dela para governar já foram completamente perdidas. No momento em que os desgovernos da Argentina e da Venezuela aceleram o próprio fim, Dilma fica mais tensa e tudo indica que comece a somatizar a tensão pela pressão popular que vai lhe ser politicamente fatal. O povo já sem paciência vai às ruas no dia 15 de março, e a nazocomunopetralhada só poderá reagir com as desgastadas mentiras de sempre.
A legítima pressão das ruas não vai afetar apenas a Presidenta que não demonstra competência para ser Presidente. Mexerá também com toda a classe política, claramente identificada como a maior beneficiária direta da organização institucionalizada do crime no Brasil. A massa nas ruas vai alfinetar, principalmente, a parte do judiciário que não colabora para o fim da impunidade. Cobrará serviço da facção do ministério público que se omite e ajuda a fabricar a pizza. A manifestação pública vai exaltar quem cumpre o dever de enfrentar o sistema corrupto. Bons exemplos do juiz Sérgio Moro e dos policiais federais e promotores que atuam na força tarefa da Lava Jato.
As Forças Armadas também receberão um sacode do povão, que não cobra delas os tradicionais "golpes de Estado" na História do Brasil. A cobrança é moral: por uma manifestação pública, politicamente explícita e não apenas no cafezinho e reuniões dos quartéis, dos Generais em favor das mudanças. Desta vez, os militares não precisam tomar o poder. Mas têm o dever moral de sustentar quem vai agir para mudar o que ninguém honesto mais aguenta. Por isso, não cabem covardia e muito menos omissão no atual momento de impasse institucional por que passa o Brasil.
A contagem regressiva para a governança do crime institucionalizado só vai começar, efetivamente, quando todos tiverem clareza de que o modelo brasileiro (político e econômico) precisa ser mudado. Pouco ou nada resolverá tirar a Presidenta via impeachment, e colocar no lugar dela algum personagem que dará sequência aos mesmos esquemas de aparelhamento estatal para fins corruptos. Ainda é cedo para constatar que a sociedade começa a acordar no caminho correto do que precisa ser feito para o aprimoramento do Brasil. Mas a vontade pública e manifesta de que é preciso mudar já é um grande avanço em um País que insiste em viver na vanguarda do atraso.
Neste momento, as Elites Morais precisam ressurgir das cinzas e colaborar, com ideias e ações concretas, para que o Brasil possa tirar proveito desta grande mobilização em rede, em um fluxo interativo de convivência social que promova o Bem Comum e incentive quem estuda, trabalha e produz a progredir de verdade.
É necessário que duas coisas fiquem bem claras. Primeiro, que a mobilização popular não resolverá tudo em um passe de mágica. Segundo, que haverá profunda reação contra as manifestações. O poder corrupto, há muito tempo em hegemonia, não deseja mudanças. Assim, um confronto será inevitável.
Serão necessárias muita coragem, persistência e inteligência para aguentar o tranco...

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